JOHN BOLTON DISSE ao Washington Post nesta sexta-feira (4) que Trump teria saído da Otan depois de reeleito – e que Putin contava com isso.
“Em um segundo mandato Trump, acho bem que ele poderia ter saído da Otan. E acho que Putin estava esperando por isso”, disse Bolton em entrevista transmitida ao vivo pelo jornal americano.
“Era difícil ter discussões sobre assuntos geoestratégicos quando o principal interesse do presidente era levar Rudy Giuliani para ver o Zelensky para eles acharem o servidor do computador de Hillary Clinton”, acrescentou Bolton, que foi demitido por Trump em setembro de 2019 e depois escreveu um livro crítico ao governo, chamado The Room Where It Happened.
O primeiro processo de impeachment de Trump foi por tentar extorquir o governo da Ucrânia por informações que pudessem comprometer Hunter Biden, filho do então candidato Joe Biden.
Bolton foi assessor de Segurança Nacional em parte do governo Trump, e embaixador dos Estados Unidos na ONU no governo de George W. Bush.
Bolton visitou o então presidente-eleito Jair Bolsonaro na Barra da Tijuca, em novembro de 2018. Bolsonaro prestou continência para o americano.
Em 2002, Bolton trabalhou para demitir o diplomata brasileiro José Bustani do posto de diretor-geral da Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq), às vésperas da Guerra do Iraque. Bustani queria levar inspetores de armas químicas para o Iraque, o que desarmaria a principal justificativa da administração Bush para invadir o país de Saddam.
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