O EMBAIXADOR DA ALEMANHA EM BRASÍLIA, Heiko Thoms, disse nesta segunda (21) que “o mundo admirava o Brasil” por progressos na área ambiental.
Admirava, no passado.
“Entre 2005 e 2012 as emissões na área de mudanças no uso da terra diminuíram 86%. Importante destacar nesse contexto que, nesse mesmo período, a produção agrícola cresceu. O Código Florestal e outras leis foram criadas para reduzir o desmatamento e havia sistemas de monitoramento, áreas indígenas e de proteção demarcadas encontravam-se sob uma salvaguardada efetiva. O mundo admirava o Brasil por esses progressos. Os compromissos que o Brasil assumiu no Acordo de Paris receberam o respeito internacional”, disse Thoms à Comissão de Meio Ambiente do Senado, em sessão do 2º Colóquio Brasil-Alemanha sobre Política e Direito Ambiental.
O desmatamento na Amazônia caiu de 2005 a 2012, como mostram dados do Inpe.
Fatos são fatos.
Depois, o embaixador acrescentou: “Hoje, grande parte da comunidade internacional, incluindo a Alemanha e a União Europeia, espera que o Brasil volte a demonstrar o entendimento da gravidade do problema. O caminho nos parece bem claro: envolve implementar as leis brasileiras que já existem, financiar agências competentes, respeitar as instituições relevantes e repensar aquelas leis que atualmente estão em discussão, incluindo sobre mineração nas áreas indígenas, que, a nosso ver, teria um impacto negativo não somente para a preservação da Floresta Amazônica, mas também para a paz social na região e para a reputação do país”.
O embaixador não tocou no assunto do Fundo Amazônia, desativado por decisão de Ricardo Salles e do governo Bolsonaro.