ADRIANO PIRES, QUE SERÁ O novo presidente da Petrobrás, já foi chamado de “frequente crítico” da empresa – por ninguém menos que José Sergio Gabrielli, então presidente da empresa.
“Analistas, inclusive analistas contrários à Petrobrás, como o Adriano Pires, que é um frequente crítico da Petrobrás, apoiaram a aquisição de Pasadena na época. Portanto, houve, na época, a visão de que era um bom negócio, criador de valor para a Petrobras”, disse Gabrielli na CPMI da Petrobrás, em junho de 2014.
O pronunciamento está nas notas taquigráficas da CPMI.
Em maio daquele ano, Pires disse que a estatal tinha sido sido erroneamente usada como ‘instrumento de política econômica’.
Semanas depois, publicou no Estadão “É preciso tirar a Petrobrás do palanque”.
Escreveu: “É preciso tirar a Petrobrás do palanque político, respeitar o acionista e os verdadeiros interesses do povo brasileiro. Caso contrário, vai parecer que o projeto do governo é transformar a nossa Petrobrás numa PDVSA [a ‘Petrobrás’ da Venezuela], o que é ruim para todos”.
A Petrobrás respondeu em nota oficial.
“Em relação ao artigo “É preciso tirar a Petrobras do palanque”, de autoria do colunista Adriano Pires, publicado em 14 de julho de 2014, afirmamos que o alcance da marca de 500 mil barris por dia (bpd) de produção de petróleo no pré-sal brasileiro é, sim, fruto do trabalho incessante, da capacidade técnica e do comprometimento de nossos empregados e, por isso, motivo de orgulho para toda a força de trabalho”, disse a estatal.
No começo da noite desta segunda (28), o Ministério de Minas e Energia informou que Pires assume “a partir da confirmação pela Assembleia Geral Ordinária, que ocorrerá em 13 de abril”.