Idoso delira ao vivo no Rio de Janeiro e é desmentido

Reprodução/TV Globo

UM IDOSO DE 67 ANOS DELIROU ao vivo em um estúdio de televisão no Rio de Janeiro, sendo desmentido algumas vezes por jornalistas profissionais.

I.

O homem cujo advogado guardava Fabrício Queiroz em casa mentiu ao dizer que não xingou ministros do STF.

“Você não está falando a verdade quando fala “xingar ministros”. Não existe. Isso não existe, é um fake news da sua parte”, disse o pai de Flávio Bolsonaro.

William Bonner corrigiu o idoso ao vivo: “o senhor xingou um ministro do Supremo de canalha”.

Não apenas Bolsonaro chamou Alexandre de Moraes de “canalha” ao vivo, como também chamou Luís Roberto Barroso de “filho da p…”.

Também acusou Edson Fachin de cometer “estupro à democracia”.

II.

O terrorista-em-chefe disse em seguida que o artigo 142 “é um artigo da Constituição que eu entendo da maneira como alguns pouquíssimos entendem”.

Na verdade, entre os que fazem a leitura golpista do artigo 142 está o flanelinha da Defesa, Paulo Sérgio, subordinado direto do presidente.

O deputado federal Coronel Armando, do mesmo PL de Bolsonaro, Tiririca e Valdemar Costa Neto, disse que o “CONTROLE” das eleições é missão das Forças Armadas (não é).

III.

Bolsonaro também disse no Jornal Nacional que “[a] primeira vacina no mundo foi dada em dezembro de 2020, em janeiro, nós já estávamos vacinando no Brasil”.

É verdade – em 17 de janeiro de 2021, João Doria começou a vacinação no Brasil, com aplicação da CoronaVac.

O governo federal havia assinado o 1º contrato de compra da CoronaVac poucos dias antes.

O Brasil passou o Réveillon 2021 com apenas um contrato de vacina, o da AstraZeneca a ser envasada pela Fiocruz. A quantidade: 100,4 milhões de doses, o suficiente para vacinar 50,2 milhões de pessoas, apenas um quarto da população.

Apenas em março Pazuello fechou os primeiros contratos com Pfizer e Janssen. Mais de 90% das vacinas da Janssen chegaram apenas em dezembro de 2021.

Sobre suspender compra da CoronaVac, o idoso mentiu de novo: “não houve suspensão da minha parte”.

Houve demais, como o próprio Jornal Nacional noticiou em outubro de 2020.

Reprodução/G1

Bolsonaro escreveu no Facebook, com todas as letras: “A vacina chinesa de João Doria (…) Minha decisão é a de não adquirir a referida vacina”.

IV.

A tchutchuca do Centrão mentiu duplamente ao dizer “Criamos o Pix, tirando dinheiro de banqueiros”.

Na verdade, Bolsonaro nem sabia o que era Pix na época de seu lançamento.

Nem precisava, já que o Pix começou a ser gestado em 2018, ainda no governo Temer.

Além disso, o Pix não tirou dinheiro dos bancos.

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