Exclusivo: presidente de organização do MCTI fica de fora de lista tríplice de nova eleição

Foto: Márcio Nascimento/ASCOM-MCTIC/via Flickr

O DIRETOR-PRESIDENTE DO CGEE, Marcio de Miranda Santos (na foto com o ministro Marcos Pontes), ficou de fora da lista tríplice da próxima eleição.

A informação consta de carta a que A Agência teve acesso. O texto, datado desta terça (15), é assinado por Guilherme Ary Plonski, coordenador da comissão de busca do CGEE.

O Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE) é uma organização social do Ministério da Ciência e Tecnologia. Pelos dados do Portal da Transparência, a organização recebeu R$ 13,6 milhões do governo federal em 2021, sendo mais de R$ 8,3 millhões do MCTI e outros R$ 5,3 milhões do MEC.

Como mostramos com exclusividade, uma nota técnica do MCTI assinada em dezembro de 2021 identificou “indícios de irregularidades” nos “eventos da sucessão da Presidência do CGEE, além da eleição do Presidente do Conselho de Administração do CGEE”.

Em julho de 2018, Rogério Cézar de Cerqueira Leite, então representante do ministério no conselho de administração do CGEE, alertou o então ministro Gilberto Kassab sobre irregularidades: “esta eleição seria então uma farsa, um jogo de cartas marcadas, uma ação entre amigos?”.

Kassab, que não tomou providências na época, não respondeu às perguntas de A Agência.

Apesar de tudo isso, Marcio de Miranda se candidatou a um novo mandato – o edital foi aberto em dezembro.

O MCTI informou a A Agência que o afastamento de Miranda estava na pauta de reunião realizada na sexta passada (11), mas o encontro terminou sem tomar essa decisão.

A lista tríplice foi encaminhada a Glaucius Oliva, presidente do Conselho de Administração do CGEE, cujo afastamento também estava na pauta da reunião da semana passada.

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