UMA FALA DO PRESIDENTE BOLSONARO nesta terça (15) confirmou a ‘forcinha’ que a nova regra de prova de vida do INSS pode dar à sua reeleição.
“Uma coisa fantástica também: a nova prova de vida, patrocinada pelo ministro [do Trabalho], né, Onyx Lorenzoni. Nosso gauchão aqui, representando o sul do nosso Brasil”, disse Bolsonaro, em cerimônia no Palácio do Planalto.
“Hoje o idoso, se não quiser, por exemplo, fazer a prova de vida no final do ano, prova física, é só ir votar. Votou, já fez a prova de vida”, acrescentou.
A Agência antecipou essa jogada em fevereiro.
Dados do Datafolha mais recente sobre a eleição presidencial, publicado em dezembro, mostram que, entre os maiores de 60 anos, a vantagem de Lula para Bolsonaro é menor.
Na pesquisa estimulada, em um dos cenários Lula aparece com 48% das intenções de voto no total da amostra, contra 22% para Bolsonaro (vantagem de 26 pontos).
Mas entre os maiores de 60 anos a vantagem cai para 18 pontos: 41% para Lula e 23% para Bolsonaro.
Em outro cenário, com mais candidatos, Lula tem na amostra total 47% das intenções de voto, contra 21% para Bolsonaro (novamente, vantagem de 26 pontos).
Mas entre os maiores de 60 anos Lula estava com 40% das intenções de voto, contra os mesmos 21% para Bolsonaro (ou seja, a vantagem cai para 19 pontos).
Bolsonaro só vai estimular comportamentos que deseja. E está claro que ele quer estimular idosos a votarem nesta eleição.
Procurado por A Agência em fevereiro, o INSS não respondeu à nossa pergunta sobre o potencial impacto eleitoral da nova regra para a prova da vida.
Leia mais:
Como a nova prova de vida do INSS pode dar uma forcinha a Bolsonaro na eleição
