O MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL anunciou nesta terça (8) ter ido à Justiça para que a União não faça novas publicações em celebração ao golpe de 1964.
Na ação, o procurador Paulo Coutinho Barreto pede multa diária de R$ 100 mil se o governo fizer “qualquer tipo de celebração/comemoração” do golpe.
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O MPF também pediu que o governo “poste uma mensagem retificando o vídeo comemorativo sobre o regime militar, divulgado no dia 31/03/2019, nos canais oficiais da Presidência da República”, divulgou a assessoria de imprensa.
No vídeo, inicialmente em preto-e-branco, um ator e o fundo começam a ganhar cores quando ele declara: “o Brasil lembrou que possuía um Exército nacional, e apelou a ele. Foi só aí que a escuridão, graças a Deus, foi passando, passando, e fez-se a luz”. E fala duas vezes: “O Exército nos salvou”. Depois: “E tudo isso aconteceu num dia como o de hoje. Um 31 de março”.
O MPF pede ainda que Floriano Barbosa, ex-chefe da Secom, e o empresário Osmar Stabile sejam condenados a pagar uma indenização por dano moral coletiva de mais de R$ 1 milhão pelo vídeo pró-golpe veiculado em 2019. Na época, Stabile assumiu a autoria do vídeo.
A ação civil pública foi assinada na terça passada (1º) e publicada hoje na íntegra pelo MPF.
Osmar Stabile é conselheiro vitalício do Corinthians. Em 2007 e de novo em 2017, ele se anunciou candidato a presidente do clube.
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Empresa de Stabile, que assumiu autoria de vídeo, fez doações eleitorais até 2010
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