Requião, defensor do voto impresso, anuncia candidatura pelo PT ao governo do Paraná

Reprodução/Roberto Requião/YouTube

ROBERTO REQUIÃO, UM defensor do voto impresso, anunciou neste domingo (13) que vai se filiar ao PT e disputar o governo do Paraná.

“Analisando a conjuntura política, eu não tenho mais dúvida alguma: o caminho é esta federação, esta frente organizada pelo PT”, disse Requião em vídeo publicado nas redes sociais.

“Quero dizer a vocês: estou entrando no Partido dos Trabalhadores. Eu tenho fé, eu acredito firmemente, que o Lula, com um programa bem definido, um programa factível, sem porralouquismos (sic) de extremismos, mas (sic) sem a covardia de uma aliança com o capital financeiro, defendendo o Brasil, terá sucesso na campanha presidencial”, acrescentou Requião.

“Eu levo à frente a minha pré-candidatura ao governo do estado”, disse ainda o ex-senador, acrescentando que se filia ao PT na próxima sexta (18).

Requião já foi governador do Paraná em três mandatos.

Em maio de 2021, Requião foi um dos convidados de audiência da Comissão da PEC do Voto Impresso, de autoria da bolsonarista Bia Kicis e relatada pelo bolsonarista Filipe Barros.

Na ocasião disse: “Eu vejo isso ser politizado agora (…) O Bolsonaro é a favor do voto [impresso], então tenho que ser contra o voto, o voto é dos milicianos – não tem nada disso. É uma melhoria do sistema de votação, uma evolução do sistema brasileiro”.

E acrescentou: “O Bolsonaro é a favor do voto impresso. E daí, minha gente? Se o Bolsonaro resolver agora que não vai mais trocar a cueca, que ele vai ficar seis meses com a mesma cueca, a oposição, por obrigação, vai usar a mesma cueca sem lavar seis meses? É ridículo isso”.

Não, o raciocínio não faz sentido. Ele rebate a tese de que não se deve rejeitar (e não copiar) automaticamente o que Bolsonaro defende.

Requião também já foi senador pelo Paraná, por dois mandatos.

Ele foi o autor do projeto que deu origem à lei do voto impresso em 2002. O voto impresso foi aplicado para cerca de 7 milhões de eleitores nessa eleição, quando Lula derrotou José Serra.

Em 2003, a Lei nº 10.740 na prática aboliu a impressão do voto.

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