MARCELO QUEIROGA ADMITIU nesta terça (8) que a consulta pública sobre vacinação de crianças, aberta no fim do ano passado, foi pura enrolação.
“[A] consulta e audiência pública realizada entre os dias 23 de dezembro e 5 de janeiro em nada interferiu no prazo de entrega das vacinas – contribuiu apenas para ampliar o debate sobre o assunto e reduzir a resistência a vacinação”, escreveu o ministro da Saúde no Twitter.
Queiroga lembrou que o contrato com a Pfizer que daria origem à compra de vacinas para crianças foi assinado no fim de novembro – acrescento, em Salvador.
O que Queiroga diz hoje não é novidade. Já foi dito pelo seu nº2, o secretário-executivo Rodrigo Cruz.
Em coletiva de imprensa em 5 de janeiro, para todo mundo ver, Cruz disse o seguinte:
“No dia 16 de dezembro a Anvisa autoriza então o imunizante da Pfizer para a faixa etária de 5 a 11 anos. E nesse mesmo dia, às 20h47, o Ministério da Saúde manda uma mensagem para a Pfizer comunicando que as doses poderiam ser incluídas no PNO (…) “Para isso [comprar doses pediátricas] a gente precisa assinar e firmar um aditivo de contrato, que foi assinado no dia 28 de dezembro”.
O verdadeiro propósito da consulta e da audiência públicas foi semear dúvidas sobre as vacinas.
Queiroga seguiu o método do deputado federal Vitor Hugo (PSL-GO), líder do PSL na Câmara: o debate sobre o voto impresso, mesmo que perdido, fomentou a campanha de desinformação sobre a integridade do voto.