A terra dos homens sem palavra

José Serra prometeu não abandonar a prefeitura de São Paulo, mas a abandonou. João Doria fez o mesmo doze anos depois. Sérgio Moro prometia não se entregar a um cargo político, entregou-se no ano seguinte.

Não está em jogo a competência dos três citados, mas a falta de palavra. Pior: todos findaram premiados, com dois conquistando o maior governo do país, e o terceiro, um superministério.

É o tipo de erro que só o tempo consegue delinear o estrago. Após oito anos, Serra perdia de forma um tanto humilhante a prefeitura mais valiosa desta terra. Agora, Doria promete não mirar uma candidatura presidencial, para descrença ampla, geral e irrestrita.

Chegará o dia em que a nação precisará da palavra de seus homens. Neste dia, ninguém conseguirá dar garantias em suficiência. Pois, aqui, premia-se a quebra do acordo.

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