Como Dilma e Gleisi viam a Ficha Limpa antes da prisão de Lula

Dilma, Gleisi e grande elenco impedidos de visitar Lula. Foto: Ricardo Stuckert

Enquanto Dilma prometia ampliar a lei, Gleisi via na legislação um “importante avanço da democracia”

O MBL ENTROU com uma ação para que o TSE torne Lula inelegível. O argumento estaria na Lei da Ficha Limpa. Uma vez condenado por um colegiado, o petista não poderia se candidatar. O PT, claro, discorda. E, na pessoa de Gleisi Hoffmann, vem argumentando que o ex-presidente pode, sim, participar da disputa.

Mas esta nem sempre foi a postura institucional da sigla. Não há menções à legislação no Twitter de Lula, ou no daquele que deve se candidatar pelo partido, Fernando Haddad. Uma breve busca no perfil de Dilma Rousseff, contudo, retorna uma fala da então ministra da Casa Civil da gestão lulista. Nela, fica entendido que a Ficha Limpa deveria valer para casos como o do hóspede ilustre de Curitiba:

Sou a favor, na forma aprovada na Câmara,que impede candidatura de condenados por colegiados.”

Já na condição de presidente, Dilma voltaria ao assunto, mas como resposta aos gigantescos protestos pelo impeachment. No caso, a petista queria ampliar o campo de atuação da lei, fazendo com que também atingisse servidores dos três poderes.

“A quarta medida é um projeto de lei que altera o Estatuto do Servidor para exigir Ficha Limpa para servidores dos três poderes em todas as instâncias”

A atual presidente do PT, por sua vez, não só reverberou a tramitação da lei, como viu nela um avanço democrático que já deveria ter valido para a eleição de 2010 – no entanto, só passou a valer em 2012.

“Aprovação do ‘Ficha Limpa’ é importante avanço da democracia e torcemos para que já tenha validade para essas eleições”

No Twitter, Gleisi só voltou a abordar o tema oito anos depois, já com Lula preso, e para defender que o texto da lei não o impedia de participar da corrida eleitoral.

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