ENTRE JANEIRO de 2017 e junho de 2018, conforme dados destacados pelo G1, exatos 127.778 venezuelanos cruzaram a fronteira brasileira por Pacaraima, em Roraima. Na média, o Brasil recebeu 234 refugiados por dia. Mas o fluxo não manteve o mesmo ritmo e, em dado momento, mais que dobrou de intensidade.
No que pode ser entendido como uma boa notícia, dada a dificuldade para acolher tanta gente, mais da metade dos imigrantes usaram o Brasil como destino temporário ou mesmo “rota de fuga”. Por volta de 37,4 mil rumaram para outras nações, enquanto 31,5 mil voltaram para o país de origem.
Isso não quer dizer que a situação esteja controlada. Há ainda em Boa Vista por volta de 25 mil venezuelanos, o equivalente a 7,5% da população. Deste grupo, uma maioria de 65% segue desempregada.
Os números chegam a assustar, mas a situação brasileira é das menos dramáticas. De uma forma geral, as vítimas do colapso bolivariano viram mais sentido em buscar abrigo nas nações vizinhas que também falassem espanhol. A Colômbia, por exemplo, foi destino de um êxodo cinco vezes maior.