Demorou, mas a Lava Jato conseguiu mergulhar nos fundos de pensão

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Segundo a operação, o PT e ex-dirigentes da Petros e da Petrobras teriam levado 68,3 milhões em propina das empreiteiras OAS e a Odebrecht na Bahia

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

A Operação Lava Jato afirma que as empreiteiras OAS e a Odebrecht distribuíram propina de pelo menos R$ 68.295.866,00 ao PT e a ex-dirigentes da Petrobrás e da Petros no esquema de corrupção ligado à construção da Torre Pituba, a sede da estatal na Bahia. O Ministério Público Federal aponta que os ‘valores históricos’ representam quase 10% do valor da obra..

Propinas de R$ 68 mi beneficiaram PT e ex-dirigentes da Petrobrás e da Petros, diz Lava Jato

Quando a Lava Jato começou a despontar no noticiário, muito se disse que o Petrolão pareceria café pequeno perto do que aprontavam dentro dos fundos de pensão. Talvez por isso, numa das poucas orquestrações bem sucedidas, forças em Brasília tenham agido para restringir o trabalho da operação à Petrobras.

Isso contribuiu para que o escândalo maior fosse logo esquecido pela imprensa. Mas o fundo de pensão ligado à Petrobras não ficou livre da investigação.

A 56ª fase da Lava Jato mostra que de fato havia com o que se preocupar, vindo a destacá-lo com o título Operação Sem Fundos. Com isso, parte dos podres da Petros, fundo de previdência fundado pela estatal cujos ex-dirigentes findaram presos, veio à tona. E com propina que teria consumido por volta de um décimo do valor dos contratos na Bahia.

De 2019 em diante, com Sérgio Moro à frente do Ministério da Justiça, é de se imaginar que os investigadores conseguirão ir mais a fundo – sem trocadilhos – na questão.

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