UMA PERGUNTA APARENTEMENTE INOCENTE ronda redes sociais e a imprensa esta semana: como seria um terceiro governo Lula, a partir de 2019?
A pergunta é motivada por pesquisas eleitorais recentes. A do Ibope divulgada nesta segunda-feira (20), por exemplo, mostra Lula com impressionantes 37% das intenções de voto, contra 18% de Bolsonaro e 6% para Marina, os adversários mais próximos.
E as respostas tendem a se concentrar nos clichês reservados para outras projeções de governo: se Lula obedeceria ou não ao tripé econômico, se faria isto ou aquilo na saúde, ou na habitação, e por aí vai.
São as respostas erradas.
Um “governo Lula” só pode vir a nascer passando por cima da Lei da Ficha Limpa, do TSE e do STF. Seria, antes mesmo da posse do titular, uma ditadura. O presidiário teria de deixar Curitiba para vestir a faixa presidencial – é certo, não faltarão ilustrados para dizer que isso é um “mero detalhe” e dispostos a mandarem o Rolls-Royce presidencial para o Paraná.
Um governo Haddad, o novo Medvedev de Lula, seria muito parecido. Da cadeia, o verdadeiro presidente mandaria os ‘salves’, enquanto o rei do Enem apenas obedeceria. As notícias de desmando por parte de Lula seriam tão ou mais frequentes quanto durante o governo da impichada.
E obviamente a turma que se mobilizou pelo impeachment de Dilma não ficaria quieta um único minuto. Lula, e desta vez também seu vice, teriam seu impeachment pedido pelas ruas dia e noite. Apenas a venezuelização do País poderia fazer o governo Lula durar, o que, obviamente, ele tem toda a intenção de fazer.
Quando alguém especular “como seria um governo Lula?”, responda: uma ditadura.