Por bobagens ditas durante a campanha, Hamilton Mourão foi entendido por parte da opinião pública como um nome “pior” que o de Jair Bolsonaro. Mas é possível afirmar que se trata de uma leitura injusta, por mais que de fato o general careça de um mínimo de vivência política.
Com uma conta recém inaugurada nas redes sociais, tem se mostrado mais ciente da responsabilidade do cargo conquistado. Enquanto o presidente eleito tenta “lacrar” – ou “mitar”, na versão reacionária do termo –, Mourão dedica-se a reverter o estrago de imagem tão questionável. Por vezes, arriscando-se num inglês razoável em um mundo que se esforça na tolerância para com deslizes de pronúncia.
Quando escolhido, os blogueiros chapa verde-oliva argumentaram que Mourão seria uma alternativa para arrefecer qualquer desejo por um novo processo de impeachment. A conduta observada até o momento, no entanto, denota que Mourão está mesmo para Bolsonaro como Michel Temer estava para Dilma Rousseff – e nem só por força do cargo.