O PSDB terminou 2014 ingenuamente acreditando que Aécio tinha 51 milhões de votos. Ignorou que, naquela disputa, assim como em outras que a antecederam, o segundo turno funcionou como um plebiscito sobre o petismo. O “não” perdeu por pouco, mas isso não significava qualquer fidelidade às opções tucanas – vide o desastre da campanha de 2018.
Bolsonaro cometerá erro semelhante case acredite contar com o apoio de 57,8 milhões de eleitores. Nem Haddad tem 47 milhões de votos que o entronem como o líder de oposição que almeja ser.
Na outra ponta, é possível afirmar que Ciro, Alckmin, Amoêdo e Marina não são forças políticas tão minguadas. Numa disputa tão polarizada, o malfadado “voto útil” distorceu toda uma realidade em benefício de nomes competitivos. E mesmo que isso jogasse o país num beco sem saída.