O Facebook já tachou de “discurso de ódio” até a Declaração de Independência dos EUA

Mark Zuckerberg, CEO do Facebook. Foto: Brian Solis

O trecho polêmico fazia menção aos povos indígenas

QUANDO FOI SABATINADO no Senado americano, Mark Zuckerberg em pessoa teve que dar explicações a Ted Cruz sobre as acusações de censura a conservadores no Facebook. O caso mais emblemático se dera em de 2016, quando ex-funcionários afirmaram que notícias com esta visão de mundo eram boicotadas manualmente por um time de jornalistas.

Dois anos depois, outro caso chamou atenção. Porque atingiu nada menos do que a Declaração de Independência dos Estados Unidos, um dos textos dos quais os americanos mais sentem orgulho, até porque serve de inspiração a várias democracias do mundo, inclusive a brasileira.

No episódio narrado pelo Guardian, um pequeno jornal do Texas achou que caberia publicar trechos do documento histórico como forma de celebrar o feriado do 4 de Julho. Mas a rede social implicou com a expressão “merciless Indian savages” – algo como “selvagens indígenas impiedosos“.

Para o Facebook, o trecho violava os padrões do que chama de “comunidade” por conter “discurso de ódio”. E disparou o alerta ao Liberty Country Vindicator, que achou por bem interromper a série de postagens receoso de a página cair por ordem dos censores.

Ao fim, a principal marca de Zuckerberg pediu desculpas e republicou o conteúdo. Mas este, infelizmente, é um luxo do qual tantos outros projetos censurados não gozam. O que explica o questionamento do senador republicano ao CEO na referida sabatina.

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