PARA TENTAR ENTENDER a situação das brigas pelos governos estaduais, o Poder360 analisou mais de 300 pesquisas de intenção de voto. Das 27 unidades da federação, só não conseguiu dados recentes de cinco: Roraima, Amapá, Pará, Ceará e Paraíba. Nas demais, encontrou um Brasil menos petista, tucano e peemedebista, mas ainda bastante esquerdista.
Desde 2006, o PT se acostumou a vencer em ao menos cinco estados. Mas iniciou 2018 liderando a corrida em apenas três: Bahia, Rio Grande do Norte e Piauí. É a mesma situação do PDT, que desponta no Amazonas, Rondônia e Mato Grosso do Sul. O PSB, por sua vez, segue forte em Pernambuco e no Espírito Santo, enquanto o PCdoB trabalha para manter o controle do Maranhão.
Dos 22 cenários conhecidos, a esquerda caminha para ganhar em nove. Mas os estados mais populosos podem ficar com as siglas mais ao centro, com o PSDB liderando em São Paulo, Minas Gerais e Sergipe, o PMDB reduzindo a própria força a Rio Grande do Sul e Alagoas, o DEM ocupando Mato Grosso e Goiás, o PP fazendo o mesmo no Acre e em Santa Catarina, e o PSD se preparando para administrar o Paraná. O Podemos (Rio de Janeiro), o PR (Distrito Federal) e o PHS (Tocantins) também lideram, ainda que em disputas únicas.
Conforme observou o Poder360, ao menos 15 destas 22 unidades da federação devem trocar o comando. Na ordem, PMDB, PSDB e PT são os que verificam a maior redução de força. O que soa natural após a guerra travada nos últimos anos contra os anseios da opinião pública.
Mas muita água ainda vai rolar.