Quando Cid Gomes estragou a festa petista gritando “Lula está preso, babaca”, a direita fez a farra que aprendeu a fazer nos últimos anos. Batendo tambor, contou piada, distribuiu adesivos e vendeu camisetas. Com a catarse ocorrendo em período eleitoral, é possível compreender que tudo fazia parte “do jogo”.
Contudo, independente da vitória assegurada, é possível notar a mesma direita agarrando-se ao espantalho do lulismo. E isso serve tanto ao militante que critica quem porventura se comporte como oposição, ou mesmo a Paulo Guedes, que tentou pressionar o presidente do Senado prometendo gritar à opinião pública que Lula voltaria em decorrência de uma não aprovação da reforma da Previdência ainda pelo governo Temer.
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A verdade é que o grito serve também aos vencedores. Lula está preso, babacas. Já se sabe que não tem condições de fazer prefeito, senadores e presidente. Consegue governadores em um feudo. E deputados, mas por causa da característica da casa, voltada a atender a pluralidade ideológica da nação. De resto, nem “bom dia” tem recebido.
É preciso deixar o lulismo no passado. E isso vale para a direita e para a esquerda.