Nesse quesito, Cuba fica atrás apenas da Bolívia, que já teve 491 médicos aprovados no Revalida. Segundo os dados, a taxa de aprovação de Cuba no Revalida é de 28,8%, a sétima mais alta, superior inclusive que a de candidatos de naturalidade brasileira.
Antes de Jair Bolsonaro colocar na boca de um presidente eleito a própria intransigência, havia exatos 8.332 cubanos atuando no Mais Médicos. Mesmo que todos estes queiram continuar no Brasil e enfrentar o Revalida, respeitando a proporção já conhecida, apenas 2.400 conseguiriam voltar ao programa. Como já havia outras 1.533 vagas abertas, o governo Bolsonaro precisaria encontrar exatos 7.465 médicos brasileiros dispostos a se transferirem para os endereços mais remotos da nação. E por uma remuneração que, dependendo da praça, fica abaixo da média.
É uma missão praticamente impossível. Mas o bolsonarismo não se importa. Como uma seita, agarrou-se a um punhado de valores – por vezes – questionáveis e deles não larga mesmo que a realidade grite.