Médicos cubanos se saem melhor no Revalida do que brasileiros

Médicos Cubanos. Foto: Ismael Francisco / Cubadebate

Só a Bolívia faz mais feio num grupo com onze nações. Se uma média de 21,4% dos concorrentes são aprovados, o Brasil fica 0,7% abaixo dela.

Médicos Cubanos. Foto: Ismael Francisco / Cubadebate

Nesse quesito, Cuba fica atrás apenas da Bolívia, que já teve 491 médicos aprovados no Revalida. Segundo os dados, a taxa de aprovação de Cuba no Revalida é de 28,8%, a sétima mais alta, superior inclusive que a de candidatos de naturalidade brasileira.

O levantamento, publicado em março pelo G1, leva em conta todas as edições já concluídas do Revalida desde 2011.

Revalida já aprovou 459 médicos cubanos desde 2011

O Mais Médicos tem muito problemas, mas isso não impede que verdades sejam ditas beneficiando os médicos cubanos. De cada 100 brasileiros formados no exterior, por exemplo, apenas 21 conseguem passar no exame. Na proporção, cubanos conseguem aprovar 29 médicos. Além de demonstrar quão complicado o Revalida é, os números contam a favor da narrativa que defende ser excelente a educação na ditadura socialista. Se não dá para afirmar que é ótima, é possível crer que brasileiros formam-se no exterior em escolas ainda piores.

Como demonstrou o G1, somente o Equador consegue aprovar uma maioria de profissionais no exame nacional, mesmo que mínima. Seguido por Portugal, que aprova, em média, quarenta e três concorrentes – sempre respeitando a proporção.

Nações vizinhas, como Argentina, Uruguai e Venezuela, também entregam desempenho superior ao nacional. No infográfico preparado pelo portal, só a Bolívia faz mais feio num grupo com onze nações. Se uma média de 21,4% dos concorrentes são aprovados, o Brasil fica 0,7% abaixo dela.

A notícia delineia que a condição imposta por Jair Bolsonaro se aproxima bastante da reserva de mercado tão reclamada por quem não é da área, ou mesmo por quem não consegue atuar por aqui com diploma de outros países. Se o presidente eleito é mesmo o liberal merecedor da confiança que o Mercado lhe depositou numa eleição tão polarizada, precisa revê-la e logo. Do contrário, continuará como o corporativista que sempre foi, para falhar com a liberdade que jurou defender, mas ser erguido nos braços de uma classe médica que já sente dificuldade para disfarçar o viés ora governista.

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