Moro não quer bandido morto, quer bandido preso

Na política, não basta ser honesto, é preciso parecer honesto. Foto: Lula Marques
Foto: Lula Marques

Nesse contexto pode eventualmente haver situações de confronto entre criminosos e polícia. Podem surgir incidentes, como óbitos, mas isso tem que ser evitado ao máximo, porque o risco de danos colaterais é muito grande. A situação ideal não é o criminoso morto. A situação ideal é o bandido preso.

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Em todas as entrevistas concedidas após ser escolhido como ministro da Justiça, Sérgio Moro tem demonstrado a boa fé que lhe é regra. E parece se esforçar em reposicionar entendimentos que se tem do bolsonarismo. Mas resta a sensação de que desenha uma figura distinta da que de fato existe.

O cinturão que orbita o núcleo do bolsonarismo não acredita no Estado Democrático de Direito. O próprio Jair Bolsonaro deu declarações que contrariam o que Moro defende. Como, por exemplo, quando disse se inspirar em Rodrigo Duterte.

Pelo que se desenha até o momento, o juiz federal que arbitrava a Lava Jato pretende funcionar como o freio moral que a direita brasileira tanto renega.

Mas há um problema evidente: Moro não recebeu um único voto. E pode cair com um simples telefonema. Para máxima desgraça do Brasil.

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