DILMA ROUSSEFF PEDIU em 2002, na Comissão de Anistia, indenização pelos anos de perseguição da ditadura e também contagem de tempo para aposentadoria.
No mesmo ano, José Serra entrou com pedido similar, logo após ser derrotado por Lula na eleição. Não pediu indenização, mas apenas que fosse considerado o tempo de seu exílio no Chile na contagem para efeito de sua aposentadoria como professor da Unicamp. O processo correu rápido: o tucano entrou com o pedido em 6 de dezembro e a portaria assinada pelo ministro da Justiça, Paulo de Tarso Ribeiro, foi publicada no dia 19.
Em abril de 2007, a pedido da própria Dilma, o andamento de seu processo foi suspenso. Na época, chefiava a Casa Civil do então presidente Lula. O Globo escreveu que “a assessoria de Dilma não respondeu por que a candidata pediu a suspensão”. A reportagem acrescenta que “[A] Comissão de Anistia não permite acesso ao conteúdo do processo, que ainda não foi julgado. Só são considerados públicos os casos já analisados”.
Dilma já teve aprovados 72 000 reais em indenizações de três Estados: R$ 22 mil em São Paulo, R$ 30 mil em Minas e R$ 20 mil no Rio de Janeiro. Durante a ditadura, ela ficou presa em cadeias nos três lugares.
Reformas no organograma da Esplanada conduzidas por Bolsonaro transferiram a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça para o de Direitos Humanos. Segundo a Crusoé publicou nesta segunda-feira (28), a ministra Damares Alves “deve analisar nos próximos dias” o pedido de Dilma.