Marina Silva defende a adoção de crianças por casais homoafetivos

No programa de governo, Marina defende a adoção de crianças por casais gays. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Ag Brasil

O programa de governo da candidata sugere também a tramitação de lei que garanta o casamento gay

POR SER EVANGÉLICA, Marina Silva passou as eleições de 2010 e 2014 na mira do voto mais religioso. Ao poNto de os segundos turnos vencidos por Dilma Rousseff terem por foco os temas mais caros ao grupo, como o aborto e o casamento gay. A própria presidenciável, ainda no PSB, viu-se em crise quando o programa de governo abordou temas como as questões de gênero.

Para 2018, o texto voltou de forma mais clara. Conforme destacado pela Folha de S.Paulo, a candidata da Rede não só defende a tramitação de lei para proteger o casamento entre pessoas do mesmo sexo, como tem por meta que tais casais tenham tratamento igual na adoção de crianças.

“O Conselho Nacional de Justiça regulamentou a celebração de casamento civil de pessoas do mesmo sexo, através da Resolução 175/13. Acataremos a demanda de que os direitos decorrentes dessa decisão sejam protegidos por lei.

Em casos de adoção, defendemos que seja oferecido tratamento igual aos casais adotantes, com todas as exigências e cuidados iguais para ambas as modalidades de união, homo ou heteroafetiva, atendendo à prioridade de garantir o melhor interesse da criança.”

É um sinal de que mesmo políticos de perfis mais conservadores podem rever posicionamentos históricos em prol das liberdades individuais. Afinal, uma criança adotada por um lar bem estruturado dificulta que a mesma seja recrutada pelo crime organizado, chaga que tem levado o Brasil a seguidamente quebrar o próprio recorde de violência.

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