Na dúvida da veracidade de uma informação, não a compartilhe

Evite a desinformação: "antes de compartilhar qualquer conteúdo, duvide e confira." Foto: Fancy Crave 1 / Pixabay

O “macete” pode evitar que muita desinformação ganhe o mundo principalmente nos períodos mais conturbados

SÃO EXTREMAMENTE VÁLIDAS as críticas ao uso do “fact-checking” como ferramenta para redução de alcance ou bloqueio de páginas e perfis em redes sociais ou motores de busca. Porque, na prática, e mesmo que em ambiente privado, escala um grupo muito privilegiado de censores entre o consumidor e a informação que este quer consumir. Como são seres humanos com tudo o que há de mais complexo num ser humano, os fact-checkers hão de fatalmente cometer injustiças, trazendo graves prejuízos às liberdades de expressão e da própria imprensa.

Mas…

Talvez tenha faltado ao grupo de críticos – cujo o autor destas palavras integra – ressalvar que a desinformação é, de fato, um problema a ser contido. Neste sentido, a campanhaNão deixe o fake virar news!” lançada pela Rede Globo parece indicar um bom caminho. Em dado momento, é dito: “Antes de compartilhar qualquer conteúdo, duvide e confira“.

A dica é valiosa não só para usuários de redes sociais, mas também para editores de veículos alternativos e, claro, para a própria imprensa tradicional, tão viciada em reverberar declarações infundadas sob a garantia de que a culpa recairá sobre o autor das aspas. Não passar adiante informação duvidosa foi um dos pontos pacíficos da primeira edição do Redes Cordiais, realizado em São Paulo no inverno de 2018 com a participação d’A Agência.

Segue sem resposta o real poder das chamadas “fake news”, ou seja, qual o seu volume ou até que ponto de fato interferem nos rumos das decisões da sociedade. Mas talvez seja de comum acordo que um mundo em que elas são menos compartilhadas é mesmo um mundo melhor.

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