TALVEZ SE APROXIME da unanimidade a sensação de que, no Brasil, em especial nos ambientes virtuais, os ânimos estão se exaltando com extrema facilidade, quando já não atuam, por padrão, com estranha animosidade. O fenômeno não é recente, é observado desde os protestos de junho de 2013, mas parece se intensificar ano a ano. E, com a eleição de 2018 se iniciando tão indefinida, tem tudo para quebrar qualquer recorde negativo.
Cientes disso, comunicadores de São Paulo se uniram para dar luz ao Redes Cordiais, iniciativa que tem por meta alimentar debates ricos em diversidade, não só dos perfis dos participantes, mas principalmente das ideias que defendem. A Agência participou do evento piloto, realizado no 13 de julho de 2018, oferecendo aos demais uma visão mais à direita dos temas discutidos.
A programação contou com palestras, oficinas e/ou dinâmicas de Henrique Neves (ex-TSE), Celina Bottino (ITS Rio), Patricia Blanco (Instituto Palavra Aberta), Cristina Tardáguila (Agência Lupa), Roberto Kaz (MemeNews) Dominic Barter (cientista social), Mariana Fonseca (Pipe-Social) e um time de 17 influenciadores digitais com muita história para contar.
O norte do Redes Cordiais é trabalhar para que o brasileiro consiga colocar as diferenças de lado e se comunique de forma não-violenta. E isso, claro, passa pelo combate à desinformação que empurra o cidadão para bolhas cada vez mais impenetráveis.
Nas próximas semanas, A Agência deve trabalhar mais artigos focados nos tópicos lá debatidos. Sempre tendo por norte a cordialidade, valor cada vez mais raro nas discussões políticas. E não sem antes parabenizar a organização por tão nobre iniciativa – o Brasil necessita muito disso e que bom que alguém já deu o primeiro passo.
É possível seguir o projeto no Twitter e no Facebook.