CRIOU-SE a expectativa de que no domingo, 22 de julho de 2018, Janaina Paschoal seria anunciada como vice numa chapa presidencial com Jair Bolsonaro. Mas, após um discurso bem mais moderado que o do próprio candidato, a questão seguiu em aberto, para um certo desconforto no PSL.
Na manhã seguinte, em entrevista à Jovem Pan, a criminalista delineou melhor o que pôs freios na iniciativa. Antes, no que soou em concordância com o que prega o Redes Cordiais, explicou o que a motivou a se posicionar tão firmemente em ambiente antipático àquela divergência:
“Se a gente não for aos locais em que as pessoas precisam ouvir o que a gente tem pra falar, os guetos vão continuar guetos. (…) Eu não posso ficar falando para quem sempre concorda comigo. Porque, senão, não planta semente.”
Na sequência, explicou que questões familiares eram um fator importante na grande decisão a ser tomada. E com termos que podem soar incômodos a um grupo que vê pouco ou nenhum problema no período em que o Brasil ficou sob domínio militar:
“Ou a gente respeita as pessoas, inclusive dentro de casa, ou a gente não tem condição de governar. Eu não sou uma ditadora nem dentro da minha casa.”