A culpa não foi só do PT

Porque era a simulação na qual atingia o melhor resultado, Jair Bolsonaro quis enfrentar Fernando Haddad no segundo turno. Tanto que focou os ataques do primeiro em Geraldo Alckmin, Ciro Gomes e Marina Silva. Mas o sentimento era recíproco, e o corpo mole do PT contra o adversário ficou evidente quando, na semana final, e somente após o deputado federal disparar nos mais variados levantamentos, associou o agora presidente eleito a Adolf Hitler.

Principalmente pela parceria, nove em dez analistas apontam o dedo para Lula na hora de explicar a ascensão do, nas palavras de Roger Waters, “neofascista”. E de fato cabe ao PT a maior das fatias. Mas, claro, há outras.

Bolsonaro cresceu sempre que o sistema falhou. E o sistema falhou muito. Por graça do STF, de Gilmar Mendes, de Ricardo Lewandowski, de Dias Toffoli, de Michel Temer, de Aécio Neves, da JBS, de Romero Jucá, de Rogério Favreto e de todo um gigantesco elenco.

É importante que a população não foque as críticas em um único vetor. Sob pena de deixar todos os demais impunes.

Para o Início