A narrativa dos “recuos” deve fazer bem à imagem de Bolsonaro

Bolsonaro: para Datafolha, só tem chances contra Haddad. No Ibope, tudo pode acontecer. Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
A imprensa já havia feito alarde semelhante assim que Michel Temer assumiu a Presidência da República. E tratou como problema uma das práticas mais comuns do jogo político: lança-se a ideia na mídia, analisa-se a reação da opinião pública e, enfim, decide-se pela implementação ou não. Agora, exploram o artifício como prova de que Jair Bolsonaro não seria o político forte que assim se vendia na campanha. Mas a própria imprensa questionava na eleição se o candidato do PSL oferecia risco reais à democracia brasileira. Logo, apresentá-lo como alguém que recua em respeito a anseios populares há de transformá-lo no gestor moderado que ele tanto buscou emular – missão esta em que corriqueiramente fracassava.
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