Na Coreia do Norte, 10% vivem como escravos

Países desenvolvidos têm responsabilidade pela situação de escravos por importarem US$ 350 bilhões anuais em bens produzidos em circunstâncias suspeitas, segundo o Índice. Foto: pictures Jettcom

A COREIA DO NORTE tem a maior proporção mundial de pessoas vivendo como escravos no mundo, com uma a cada 10 pessoas nessa condição. São 2,6 milhões de escravos modernos na ditadura comunista, a maior parte dos quais cumpre rotina de trabalhos forçados para o governo. Os dados são do Índice Global de Escravidão, publicado nesta semana com dados referentes a 2016.

O maior número de pessoas em situação análoga à escravidão está na Índia: 7,9 milhões. Existem também 3,8 milhões de escravos na China, 3,1 milhões no Paquistão e 1,2 milhão no Irã.

Segundo o relatório, a escravidão moderna não está definida em lei, mas é usada como um termo “guarda-chuva” para identificar semelhanças em diferentes situações de exploração nas quais a pessoa não pode sair ou se recusar a trabalhar por causa de ameaças, violência, coerção, estelionato ou abuso de poder. Assim, o termo também abrange trabalhos forçados, escravidão por dívida, casamentos forçados e o tráfico de pessoas.

O relatório encontrou 40 milhões de escravos no mundo em 2016, sendo 71% mulheres. No Brasil são cerca de 370 000 pessoas em situação análoga à escravidão, incluindo trabalho forçado em zonas rurais, exploração sexual de adultos e crianças, e casamentos forçados.

O Índice Global de Escravidão é compilado pela Walk Free Foundation, campanha patrocinada pelo bilionário australiano Andrew Forrest.

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