Há muita coisa em jogo. Mas quase todas levam a um reconhecimento das conquistas europeias. O que soa compreensível, pois trata-se da região com melhor qualidade de vida. Renascida no Ocidente, a direita reclama essa reparação, ao mesmo tempo em que defende a replicação do modelo no resto do mundo.
Contudo, é invisível o muro que separa esse objetivo do supremacismo que há um século tanto estrago causou na humanidade. Só freios morais podem evitar que um garoto mais imprudente passe de um terreno ao outro. Mas essa mesma direita cresceu xingando qualquer limite de “politicamente correto”. E vem se acostumando a recriminar com truculência mesmo os aliados que acham prudente acioná-los.
Se alguém alerta os personagens do risco em jogo, ou se meramente torna público o receio fruto da percepção de que estes ingredientes são os mesmos de outras tragédias, logo é tomado por histérico, covarde ou teórico da conspiração.
Nada disso leva a um mundo melhor, ainda que, no curto prazo, seja possível comemorar algumas vitórias. Afinal, foi exatamente assim da outra vez.
