Base de apoio a Alckmin enfrenta ao menos 13 inquéritos por corrupção

Geraldo Alckmin levou o bônus e ônus do Centrão. Foto: GOVESP

As complicações do Centrão com a Justiça põem em dúvida o apoio do grupo a operações como a Lava Jato

PARA GARANTIR UM TEMPO de TV que o permita não só crescer nas pesquisas, mas principalmente desidratar adversários, Geraldo Alckmin venceu Ciro Gomes e Jair Bolsonaro na disputa pelo apoio do chamado “Centrão”. Trata-se do grupo de partidos de médio porte que não se pauta necessariamente por uma ideologia, mas por interesses que, há décadas, geram um bailar entre a base do governo e ameaças de composição com opositores.

Mas o acordo teve um preço caro à imagem do vencedor. A Folha de S.Paulo fez um cálculo inicial. E contabilizou ao menos treze inquéritos sujando as mãos que o tucano precisou apertar para selar o apoio.

Os casos atingem o senador Ciro Nogueira, presidente do PP, Paulinho da Força, presidente do Solidariedade, o democrata Rodrigo Maia, presidente da Câmara Federal, Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PR, e Marcos Pereira da Silva, presidente do PRB.

A maioria deles é investigada por recebimento de propina da Odebrecht em delações acordadas com a Lava Jato. Por terem foro privilegiado, o trâmite se dá no ritmo moroso do STF. O que não impede o grupo de ser entendido como extremamente tóxico para a saúde da operação. E isso precisa ficar claro ao eleitor ainda indeciso.

Para o Início