É ótimo para Bolsonaro que o lulismo continue vivo

Concluída a eleição mais estressante da história do Brasil, restou a certeza de que Jair Bolsonaro quis enfrentar Fernando Haddad no segundo turno, e vice-versa. Todos os institutos de pesquisa concordaram que as melhores chances de ambos vinham de um confronto direto na etapa final. E, só nesta, foi possível confirmar o vencedor.

Escanteado na “prorrogação”, a ausência de Lula alimentou especulações de que o ex-presidente finalmente seria superado pelo petismo. Mas, já no dia seguinte, com uma nova visita de Haddad e a retomada de narrativas sobre golpe e condenações sem provas, veio a certeza de que o lulismo continuará recebendo alimentação do PT. O que é ótimo para Bolsonaro.

Se a polarização garantiu-lhe a faixa presidencial, a manutenção dela deve mantê-lo no Palácio do Planalto. Sempre que o Governo Federal errar, a militância alertará a opinião pública que, do outro lado, há um partido que lançou um presidiário à Presidência da República. Na dúvida do efeito, basta lembrar que Michel Temer concluiu o mandato mesmo com a aprovação na casa dos 3 pontos percentuais.

Para o Início