As críticas a Sérgio Moro são justas, mas é importante destacar que se focam no estrago causado na imagem da Justiça brasileira, e não na capacidade de o ex-magistrado entregar bons resultados na Esplanada dos Ministérios. Se fusões e mais fusões de pastas implicam necessariamente numa preocupante concentração de poder, é boa a notícia de que tamanha força estará aos cuidados de alguém tão caro à opinião pública.
Especulava-se que um plano B do presidente eleito seria Gustavo Bebianno, uma figura pouco conhecido, exceto por quem acompanhou a forma como alugou o PSL a um candidato que lhe prometia uma grande bancada no Congresso – e entregou resultados ainda maiores do que o esperado, diga-se.
De qualquer forma, é bom que Moro assuma trabalhando o nome de um sucessor. Já em 2020, o STF abrirá uma vaga. O ex-árbitro da Lava Jato continua como o mais indicado para o posto. E um superministério da Justiça não pode cair em mãos erradas.