A rede social Gab.com foi derrubada após a revelação de que Robert Bowers usou o site para ameaçar judeus. Bowers é o principal suspeito por matar 11 pessoas e deixar mais 6 feridas em uma sinagoga em Pittsburgh (EUA) durante a manhã de sábado (27).
Gab, a rede social da extrema-direita, foi derrubada da internet
O projeto se vende como um ambiente focado em liberdade de expressão. Quer, assim, atrair todos os que se sentem censurados pelo que chamam de “politicamente correto” nas redes mais populares. Mas, alguns minutos de navegação depois, o usuário facilmente esbarra em perfis que negam o holocausto.
O GAB é apenas o exemplo mais gritante da rotina. Desde que foi expulso das principais lojas de aplicativos, recebeu alertas de que era muito tolerante com a intolerância. Se fez algum ajuste, não foi suficiente para impedir que o extremista Pittsburgh o usasse como quartel general.
Os reais valores aparecem não daquilo que se diz, mas daquilo que se faz. Avessa a freios morais, a direita tem se convertido num organismo perfeito para que ideais totalitários ganhem corpo. Enquanto isso, o outro lado agarra-se orgulhosamente aos próprios freios. Quais freios? Justamente aquilo que ficou conhecido como “politicamente correto”.
