UM VEREADOR DO RIO DE JANEIRO está no centro do escândalo que culminou na demissão do ministro Gustavo Bebianno nesta segunda-feira (18).
Carlos Bolsonaro reagiu mal a uma reportagem de O Globo publicada no fim da noite da última terça (12). Ao jornal, o então chefe da Secretaria-Geral da Presidência contou ter falado três vezes com o Presidente ao longo do dia, negando ser fonte de instabilidade para o governo. Jair Bolsonaro ainda estava internado no hospital Albert Einstein.
Em nenhum momento do texto O Globo conta que Bebianno conversou especificamente com o Presidente sobre as reportagens da Folha que revelaram candidatas-laranja no PSL: mulheres que, no papel, receberam vastas quantias de dinheiro público para suas campanhas eleitorais, mas que na prática tiveram poucos votos.
Apesar disso, na quarta (13), o vereador Carlos recorreu ao Twitter três vezes para negar o que Bebianno teria dito, inclusive publicando um áudio com a voz do próprio pai, supostamente enviado a Bebianno, no qual diz que está evitando conversar. A mensagem contradiz o comportamento do Presidente, que fez ao menos três reuniões de trabalho ainda no hospital, duas delas com ministros: Tarcísio Gomes (Infraestrutura) e Ricardo Salles (Meio Ambiente).
O vereador Carlos não é muito chegado em política municipal. Em julho passado, faltou à votação na Câmara sobre o impeachment do prefeito Marcelo Crivella. É decidido para demitir ministro em Brasília; para o líder de sua própria cidade, tem mais dúvidas.
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