Com vitória, Bolsonaro torna-se maior força eleitoral do Brasil

Bolsonaro votando no Rio: vitória expressiva de aliados no 1º turno. Foto:Reuters/Ricardo Moraes/ Agência Brasil

Bolsonaro votando no Rio: vitória expressiva de aliados no 1º turno

Foto: Reuters/Ricardo Moraes/Agência Brasil

JAIR BOLSONARO não conseguiu fechar a conta no 1º turno, mas os resultados deste domingo (7) confirmam que ele ultrapassou Lula e se tornou a maior força eleitoral do Brasil.

O triunfo do capitão é uma derrota também para os institutos de pesquisa, que o mostravam com maior distância em relação à soma dos adversários (por exemplo, 41% dos votos válidos no Ibope de sábado). Teve 46%, soma fora da margem de erro. Mais de 49 milhões de pessoas digitaram o 17 nas urnas. Bolsonaro teve 6 milhões de votos a mais do que Dilma teve no 1º turno em 2014. E com mais um diferencial importante: ao contrário de Aécio, Bolsonaro lidera nos estados do Norte (exceto o Pará).

As enquetes também não previram os resultados expressivos de Wilson Witzel no Rio e Romeu Zema em Minas, nem a derrota de Dilma em sua tentativa ilegal de chegar ao Senado.

Bolsonaro sai deste 1º turno como a nova grande força eleitoral do País. Seu filho Flávio foi eleito senador do Rio com 31% dos votos. Em São Paulo, Eduardo Bolsonaro foi o deputado federal mais votado da História, com mais de 1,8 milhão de votos. Joice Hasselman também teve mais de 1 milhão de votos. Na Assembleia Legislativa, Janaina Paschoal superou 2 milhões de votos e é a deputada mais votada da História – e embora ela acumule evidentes méritos próprios pelo impeachment de Dilma, é fato que filiou-se ao PSL e foi cogitada para vice de Bolsonaro.

Tem mais. Esse antes minúsculo PSL, que elegeu um deputado federal em 2014, desta vez elegeu 51 (incluindo Alexandre Frota), ou 10% da Câmara. Será a segunda maior bancada, atrás apenas da do PT, que vai diminuir de 70 para 57 deputados.

E o PT de Lula? Salvo se conseguir uma improvável virada em 28 de outubro, será pelos próximos quatro anos basicamente um partido regional, essencialmente limitado a alguns estados do Nordeste. Isso, claro, em termos eleitorais. Na imprensa, nas universidades e na cultura sua hegemonia ainda vai continuar por um tempo.

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