A Folha de S.Paulo permitiu-se uma avaliação da situação dos livros didáticos trabalhados na educação brasileira. Para tanto, “avaliou os cinco títulos de história do ensino médio mais distribuídos em 2018” pelo MEC. E constatou que a situação não é exatamente o inferno pintado pelo Escola Sem Partido.
Dos 40 trechos analisados, 35 demonstram rigor histórico e equilíbrio, contemplando a correlação de forças no episódio em questão. Representam 87,5% do conjunto.
Equilibrados, livros didáticos falham em ditadura cubana e governo Lula
Mas também não chega a ser um paraíso. Os problemas estavam justamente nos temas que mais impactam a vivência política do Brasil: revolução cubana e governo Lula. Na primeira, o caráter ditatorial é relegado a mera figuração, ou a mesma situação da corrupção do segundo tema.
De fato há o que se corrigir na interpretação que historiadores entregam aos estudantes brasileiros. Mas, se a Folha de S.Paulo não é o veículo mais isento para avaliar o cenário, Jair Bolsonaro é alguém ainda menos indicado para tal missão.