O NOVO MINISTRO DA EDUCAÇÃO, Ricardo Vélez Rodríguez, escolheu ex-alunos seus de programas de filosofia, com nenhuma ou pouca experiência em gestão, para três das seis secretarias do MEC. A reportagem é da Folha.
Marco Antônio Barroso Faria comandará a Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior. É doutor em Ciência da Religião pela UFJF e professor da UEMG. Foi chefe do Departamento de Ciências Aplicadas à Educação e à Linguagem por um ano.
Alexandro Ferreira de Souza vai chefiar a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Também é doutor em Ciência da Religião pela UFJF. É professor da rede pública do Espírito Santo. Não encontrei qualquer experiência como chefe em seu Lattes.
Bernardo Goytacazes de Araújo chefia a nova secretaria de Modalidades Especializadas do MEC. Formou-se em Filosofia (adivinhem por qual universidade). Não tem doutorado, o que pode até ser bom sinal. Fez inclusive um MBA em Gestão de Projetos. Sua experiência em gestão pública é até ampla: acumulou vários cargos na prefeitura de Três Rios (RJ). Diz o texto do seu Lattes, atualizado em julho de 2018: “[a]tualmente sou Chefe de Gabinete, Secretário Municipal de Governo e Planejamento, Secretário de Integração e Comunicação, além de Secretário Municipal de Ordem Pública e Política de Combate às Drogas”.
Como já mostramos em A Agência, Vélez Rodríguez é o Janine Ribeiro da direita: um professor de filosofia que nunca saiu da universidade, e, salvo uma breve passagem como pró-reitor ainda nos anos 70, não tem qualquer experiência em administração. Pelo jeito, ele se multiplicou.