“Tinha uma só investigação contra ele, que é de 2009, se não me engano. Não deu nenhum passo esse processo. Ele nem é réu ainda. O que está acertado entre nós: qualquer denúncia ou acusação que vier robusta, não fará parte do nosso governo.”
Sérgio Moro também já se pronunciou com termos parecidos. Mas o que seria “robusto” senão uma abstração na cabeça dos membros do governo? Que pode ou não ter o mesmo peso quando aplicado contra membros da oposição?
Da parte da militância virtual que constantemente é aplaudida e indicada pelo presidente eleito, já se sabe que o peso é distinto. Aos amigos, tudo, aos inimigos, o linchamento virtual.
Para Michel Temer, por exemplo, mesmo uma gravação em que aparecia aconselhando Joesley Batista a manter o pagamento de mesadas a Eduardo Cunha não era robusta o suficiente.
A verdade é que o Bolsonaro tolerante com investigados não foi conhecido até se concluir a campanha eleitoral que o elegeu menos de um mês antes. E isso levanta um certo odor de estelionato eleitoral.