O mais grave não foi o xingamento de Ciro, mas o tom de ameaça

Ciro: no estilo que já o inutilizou em duas corridas presidenciais. Foto: André Carvalho/CNI

Investigado por injúria racial, o presidenciável prometeu acabar com o que chamou de “mamata” da promotora

PRIMEIRO, CIRO GOMES tomou a iniciativa de chamar Fernando Holiday de “capitão do mato”. No que o próprio vereador de São Paulo se indignou com o impropério, o Ministério Público pediu uma investigação do caso por “injúria racial”. Em sabatina da Associação Brasileira das Indústrias de Máquinas e Equipamentos, o candidato do PDT comentou o ocorrido dentro do estilo que já o inutilizou em duas corridas presidenciais:

“Agora um promotor aqui de São Paulo resolveu me processar por injúria racial. E pronto! Um filho da p*** desses faz isso e pronto!

A fala, em si, já poderia ser tomada como ofensiva às mulheres, uma vez que gratuitamente mira a mãe do suposto promotor e por referência jocosa à chamada “profissão mais antiga da humanidade”. Mas, na verdade, tratava-se de uma promotora, o que a imprensa destacou como um justo agravante.

Entretanto, o ora pedetista foi adiante, e em tom de ameaça:

“Ele que cuide de gastar o restinho das atribuições dele porque, se eu for presidente, essa mamata vai acabar.

No Twitter, Janaina Paschoal não deixou a truculência passar batido. E destacou que, em si, o xingamento era um componente menor da cena:

É preocupante que um candidato com considerável risco de segundo turno de uma campanha presidencial posicione-se de forma tão insensata com o trabalho do Ministério Público. E com promessas tão assustadoras.

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